A Bahia registrou o crescimento de 40,1% no número de desligamentos por morte de funcionários CLT, entre o primeiro trimestre de 2020 e 2021, segundos dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) ao G1 nesta segunda-feira (14).
Segundo o Dieese, nos primeiros três meses de 2021, 678 trabalhadores na Bahia foram desligados de empresas após morrerem. No mesmo período em 2020, início da pandemia, houve 484 contratos de trabalho encerrados por causa de mortes de funcionários.
O cálculo foi feito com base em um levantamento do Dieese, que teve acesso a dados de trabalho formal do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.
A Bahia é o quarto estado com menor índice de crescimento nos casos de desligamentos de funcionários por morte, atrás de Rio de Janeiro, Pernambuco e Amapá.
O aumento de 40,1% no número de desligamentos por morte de funcionários CLT entre o primeiro trimestre de 2020 e 2021 pode ser explicado pelo momento vivido pelo estado durante a pandemia. O primeiro caso foi descoberto no estado no dia 6 de março de 2020, em Feira de Santana, cidade a 100 quilômetros de Salvador.
Já no primeiro trimestre de 2021, foram 6,2 mil mortes pela doença, de acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). O estado tem 22.601 mortes e 1.066.552 casos de Covid-19, desde o início da pandemia.
No Brasil, o crescimento de desligamentos por mortes é maior do que o do estado. Foram 13,2 mil contratos encerrados no primeiro trimestre de 2020 para 22,6 mil no mesmo período de 2021, um salto de 71,6%.
Confira os números dos desligamentos por morte de funcionários CLT na Bahia:
- 1° trimestre de 2020: 484
- 2° trimestre de 2020: 655
- 3° trimestre de 2020: 615
- 4° trimestre de 2020: 516
- 1° trimestre de 2021: 678




