O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o governo está negociando a universalização do programa Pé-de-Meia a partir de 2026, com o objetivo de alcançar todos os estudantes do ensino médio da rede pública no país. A declaração foi feita durante evento em Brasília (DF), após a divulgação dos novos índices de alfabetização no Brasil.
Segundo o ministro, a ampliação dependeria de um acréscimo de R$ 5 bilhões ao orçamento, que hoje está estimado em R$ 12,5 bilhões. As negociações estão em curso com o Congresso Nacional, incluindo conversas com o presidente da Câmara, Hugo Mota (Republicanos), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UB), e as comissões de Educação.
“A gente começou com o Bolsa Família, depois ampliamos para o CadÚnico. Hoje são mais de 4 milhões de jovens no Pé-de-Meia. A ideia é universalizar, mas isso depende da questão orçamentária”, afirmou o ministro.
Apesar do esforço, a universalização ainda é incerta, devido à pressão por cortes de gastos no Congresso. Especialistas alertam que o Brasil pode enfrentar um “apagão educacional” se o impasse orçamentário persistir.
O que é o Pé-de-Meia?
Criado em 2024, o Pé-de-Meia é um programa do Governo Federal para combater a evasão escolar no ensino médio, oferecendo incentivos financeiros aos estudantes para que permaneçam e concluam os estudos.
Quem tem direito?
- Estudantes da rede pública
- Idade entre 14 e 24 anos
- Inscritos no CadÚnico
- Possuir CPF
- Ter frequência mínima de 80%
- Participar do Saeb
- Fazer o Enem, no caso de alunos do 3º ano
Valores pagos:
- R$ 200 na matrícula
- R$ 1.800 em 9 parcelas mensais
- R$ 1.000 de bônus por aprovação
- R$ 200 pela participação no Enem
Para garantir o bônus, o estudante não pode ser reprovado e deve fazer o Enem no fim do 3º ano.



