Concurso IBGE 2017: veja dicas para garantir uma das 26.010 vagas

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística contratará, através de dois editais, 26.010 temporários para a realização do Censo Agropecuário 2017 — com salários de R$ 1.500 a R$ 4 mil, para cargos do nível fundamental ao superior. São 18.829 vagas exigindo a escolaridade mais baixa. O primeiro edital sairá amanhã, facilitando o início dos estudos dos candidatos. Já o segundo será disponibilizado no dia 24 e trará o destaque do concurso, o cargo de recenseador.

“É quem efetivamente vai para a rua e faz as entrevistas. Apesar de pedir o fundamental, costuma passar quem tem escolaridade maior”, diz Wolney Menezes, da coordenação operacional do Censo.

Por conta da concorrência grande, os professores de cursos recomendam iniciar a preparação já. A dica é consultar os temas que caíram nas últimas provas do IBGE e procurar os assuntos em questões aplicadas pela Fundação Getúlio Vargas, atual banca.

“O complicado desse modelo de estudo é garimpar, depois, as questões (dos mesmos temas) aplicadas pela FGV. Já existem, porém, sites que oferecem questões de acordo com disciplina, assunto e banca que o candidato escolher. Para quem puder fazer o investimento, é uma boa dica. O candidato não encontrará prova do IBGE feita pela FGV. Mas encontrará as disciplinas em outras provas, do mesmo nível de escolaridade. É bom para treinar”, explica o diretor pedagógico da Academia do Concurso, Paulo Estrella.

André Castro, do curso Progressão, continua:

“Aí você conhece como ela costuma cobrar o tema. A FGV é uma banca mais complexa do que a Cesgranrio (última organizadora de um concurso do instituto). Mas é responsável e saberá dosar a dificuldade”, avalia ele, já que o caráter temporário das vagas e a urgência do processo seletivo diminuem o tempo de preparação de candidatos em geral.

A jovem Lana Fernandes, de 29 anos, que tem como foco seleções para tribunais, por exemplo, vai redirecionar por breve período os esforços para o cargo de analista do IBGE, de nível superior.

“Se passar, irei. E continuarei estudando para o que mais quero”, revela Lana. O EXTRA buscou outras orientações sobre as provas do instituto (veja abaixo).

Remuneração de recenseador é variável

Interessados nas 26.010 chances devem ficar atentos à divisão das oportunidades por edital para não perder os prazos da vaga escolhida. Veja abaixo os requisitos e os salários para os cargos.

Apenas os recenseadores devem ter remunerações variáveis, de acordo com Wolney Menezes, da coordenação operacional do Censo.

“O valor não é exatamente igual no país inteiro. Mas a remuneração por entrevista está em torno de R$ 40”, diz ele, explicando que condições mais difíceis de acesso aos locais, por exemplo, podem influenciar no valor pago: “Além disso, vai depender da dinâmica de trabalho do recenseador: se tem o dia todo, se pode trabalhar no sábado”.

Uma entrevista demora, em média, de 45 a 50 minutos. Mas o recenseador nem sempre encontra pessoas disponíveis ou pode precisar de mais tempo para introduzir o entrevistado ao Censo e ao IBGE. Fazendo quatro entrevistas por dia, o profissional ganharia ao fim de 20 dias úteis R$ 3.200, em média.

Distribuição de cargos e salários

De olho – Os editais serão sempre divulgados no site da Fundação Getúlio Vargas: fgvprojetos.fgv.br/concursos.

Amanhã – Serão liberados o edital e as inscrições para 1.071 postos no site da FGV. De nível médio, são 349 vagas de agente censitário regional (R$ 2.500), 377 de agente censitário administrativo (R$ 1.500) e 174 de agente de informática (R$ 1.700). De nível superior, são 171 chances para analista censitário (R$ 4 mil). O prazo para se candidatar acabará em 9 de maio, e as provas objetivas serão no dia 2 de julho. O resultado final deve sair no dia 10 de agosto.

Dia 24 – O segundo edital está previsto para sair no dia 24. Inscrições começarão nesse dia e vão até 16 de maio. Serão 24.939 vagas, das quais 18.829, de nível fundamental. O cargo é de recenseador. Já quem tiver nível médio poderá concorrer ainda a 1.256 vagas de agente censitário municipal (R$ 1.900) e a 4.854 de agente censitário supervisor (R$ 1.600). As provas serão no dia 16 de julho. O resultado final sai em 31 de agosto.

No Rio de Janeiro – Para o Estado do Rio, são 81 vagas de analista censitário, seis de agente censitário administrativo, quatro de agente censitário regional, 12 de agente censitário de informática, 23 de agente censitário municipal, 81 de agente censitário supervisor e 186 de recenseador.

Contratos – Em todos os casos, os selecionados serão contratados por um ano, podendo ter os contratos prorrogados por, no máximo, três.

Promessa antiga – Em dezembro de 2015, um concurso para a realização do mesmo Censo já tinha sido autorizado. Na época,tinham sido solicitadas pelo IBGE 82 mil vagas temporárias. A seleção, porém, foi cancelada em 2016 por causa de um corte no orçamento. E o processo seletivo ficou prometido para 2017. Houve, porém, corte nas vagas.